De 56 Kbps para 50 Gbps: o futuro da internet

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Quem nasceu antes dos anos 2000 pôde perceber com nitidez a evolução da internet, desde a chiada conexão dial-up e seus sites feios e desorganizados até a chegada da banda larga e a comodidade que ela traz. Hubs com muitas portas, modems barulhentos, emaranhados de cabos e portais de notícias desatualizados deram lugar à tecnologia wireless, a banda larga e as atualizações em tempo real. Os sofridos 56 Kbps deram espaço aos 50 Mbps, e com a fibra ótica cada vez mais presente, brevemente estes darão lugar aos 50 Gbps.

Mesmo usufruindo apenas de 10% da velocidade de internet contratada no Brasil (as operadoras do País são obrigadas pela Anatel a garantir apenas dois décimos do serviço contratado, porém ainda não há estrutura para tal; os outros 90% podem ou não chegar até o usuário), podemos olhar com otimismo para o futuro e crer que nos próximos anos teremos conexões de 10 Gbps com downloads de até um gigabit por segundo.

O padrão 802.11ac de Wi-Fi já é uma realidade e assegura uma taxa de transferência de 600 Mbps. Nos próximos anos veremos a expansão dessa tecnologia e a difusão dela pelo mundo. O próximo padrão, o 802.11ad, deve ser demonstrado muito em breve, mas certamente levará mais alguns anos até ser algo concreto, visto que esse tipo de tecnologia demora anos para ser devidamente testado e implementado em dispositivos.

A conexão móvel deve ser revolucionada em breve, mas não tão rápido quanto os usuários gostariam. A chegada do 4G dá a sensação de poder em termos de conectividade, mas, assim como seu antecessor, deve demorar alguns bons anos até se tornar estável e ser difundido pelo território nacional. Vale lembrar também que, para muitos especialistas, o 3G nunca alcançou o seu potencial máximo no Brasil.

Nuvem já é realidade

O armazenamento de dados na web já é uma realidade presente de tal forma que a Google lançou o seu sistema operacional, o Chrome OS, que manterá dados on-line. De um lado há a vantagem de não ser necessário fazer backups, poder acessar dados de qualquer lugar e diminuir muito a incidência de vírus; do outro há a instabilidade das conexões em países como o Brasil, o que gera desconforto e pode atrapalhar a experiência proposta pela gigante da internet.

Outras empresas também têm garantido o seu espaço na vanguarda digital, como a Microsoft, desenvolvedora do SkyDrive – um HD virtual no qual é possível editar diversos tipos de documentos pelo browser ou pelo software indicado. A Sony anunciou que o novo PlayStation 4 irá rodar jogos on-line instantaneamente, além de disponibilizar todos os seus jogos para download através do novo aparelho. Recentemente a Mozilla Fundation lançou o Firefox OS, um sistema operacional para smartphones inteiramente on-line e com aplicativos que não precisam ser instalados no celular, basta criar um atalho para rodar o app on-line no aparelho.

De modo geral, é praticamente impossível dizer com precisão qual será o futuro da internet e até onde essa tecnologia pode chegar, já que constantemente são feitas grandes descobertas e aparelhos outrora insubstituíveis se tornam “peças de museu”. Mas também não podemos negar que, de uma forma ou de outra, o futuro da web intriga e fascina a todos.

Veja também: HTML5 e o futuro integrado da internet.

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