Login social como ferramenta de e-commerce

Quem nunca desistiu de uma compra on-line por preguiça ou dificuldade na finalização do procedimento deve ser agraciado. Preencher inúmeros dados em questionários imensos e desnecessários faz parte de alguns dos erros que resultam em 69% dos problemas encontrados no e-commerce e que impedem o fechamento de vendas (segundo estudo da deviceLab). Mas por que isso acontece? Possivelmente porque os internautas estão cansados ou ficam confusos em meio a tantos logins e senhas utilizados diariamente para qualquer movimentação realizada na web.

Da mesma forma e pelo mesmo motivo, muitos sites percebem muita resistência por parte dos usuários na realização de cadastros, seja para possibilitar acesso ou permitir vantagens em comparação com usuários comuns.

Mudança de cenário

Para facilitar a vida de quem navega e de quem tem a ganhar com a navegação, o login social já há algum tempo pode ser a saída perfeita para unir o útil ao agradável. Utilizando contas de mídias sociais como Facebook, Twitter e LinkedIn, esse tipo de login facilita o acesso porque permite unir as informações da mídia escolhida para acessar o site em que está querendo se cadastrar.

Basta estar logado em qualquer mídia social para que o login social funcione com perfeição em qualquer outro site sem que qualquer esforço exagerado seja necessário por parte do usuário, que só precisará clicar no botão que mais o interessar.

Vantagens para o e-commerce

O login social não é só proveitoso para quem não precisa mais memorizar diversas senhas de acesso, mas também para o comércio on-line. De acordo com estudo realizado pela Gigya, empresa de integração de mídias sociais, usuários que fazem login social navegam por 66% mais páginas no site, passam 56% mais tempo aproveitando o conteúdo disponível e são cinco vezes mais suscetíveis a realizar compras.

Além disso, 33% mais registros foram percebidos após a implementação do social login em diversos sites analisados, além de 25% de aumento na qualidade desses registros. Um dos dados mais interessantes talvez esteja ligado aos custos de SAC, que diminuíram exponencialmente, já que cerca de 30% dos contatos estavam ligados à perda de senhas.

Outro ponto muito positivo é a possível associação das informações do perfil do usuário na mídia social com os interesses que pode apresentar no e-commerce, com possibilidade de realizar indicações de produtos e temas que incitem as compras de acordo com os interesses específicos de cada um.

Klout, Pinterest e WordPress são exemplos de sites que já usam o login social

Desvantagens para os usuários

Como nada pode ser perfeito, existem alguns entraves que fazem que a ferramenta não seja tão bem aceita assim por quem precisa clicar nela. Ainda segundo dados da Gigya, muitos internautas não confiam no login social e se sentem invadidos com a possibilidade de uma empresa vasculhar suas preferências pessoais e tomar conhecimento de sua vida privada.

A maioria dos entrevistados, 53%, disse já utilizar o recurso para se conectar a dezenas de sites, mas o número de usuários contra o sistema ainda é muito grande: 47%. Esse índice é muito alto e pode fazer que o login social não decole com a rapidez que poderia.

Agradando a gregos e troianos

Para que ninguém saia perdendo nessa história – para que as vendas aumentem e os usuários percam o medo de fazer o login – algumas coisas precisam ser adaptadas e o bom senso precisa prevalecer. Já que tecnicamente possuem acesso irrestrito ao perfil dos usuários nas mídias sociais, as empresas que têm essa vantagem não devem, por exemplo, vender informações como dados pessoais para criação de mailing list; muito menos realizar campanhas de marketing social com base em dados sem a permissão do usuário ou enviar mensagens privadas para os contatos deles para aumentar o número de associados.

A série E-commerce: fenômeno de crescimento ainda não acabou. Por isso, continue acompanhando o Magic Blog para estar sempre por dentro das principais tendências do setor de vendas on-line e se manter muito bem informado.

Veja também: M-commerce e social commerce: tendências para compras pela internet.

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